Aqui iremos conhecer as Vitoriosas que através de seus depoimentos nos relataram suas histórias de superação e de luta contra o câncer.
Marion Dorrit Hildegard Matesich
Em setembro de 2012, recebi o diagnóstico de câncer de pulmão e comecei a tratar com o Dr Evanius Wier-mann, através de quimioterapia e depois com radioterapia. Desde o início senti que enfrentaria a doença e que venceria, tive o apoio da família, amigos, inclusive amigos da Humsol que foram muito atenciosos e fize-ram a diferença na minha vida. Quando me sentia mal pelos efeitos colaterais do tratamento, pensava que era a luta da medicação com a doença, tratei por 4 anos e hoje faço parte do grupo das Vitoriosas.
Cristiane Pietruk
Toda a família de minha mãe morreu de câncer. Minha mãe morreu de câncer quando eu tinha 11 anos, depois de sofrer muito e confesso que até hoje é difícil falar sobre isso. Aos 39 anos, quando me enxugava após o banho, percebi algo anormal no meu seio direito, era um pequeno caroço, já pensei no pior, pois o sexto sentido de mulher já demonstrava que a vida mudaria para sempre. Não sabia o que aconteceria dali em diante, apenas que seria uma trajetória muito dura. Contei ao meu marido e imediatamente procurei um médico. Fiz os exames necessários e então veio o diagnóstico. Eu estava com câncer, e era muito agressivo depois da punção ele dobrou de tamanho em pouquíssimo tempo. Como contaria a meu pai? Ele sofreu tanto a perda de minha mãe e agora depois de tanto tempo passar por isso novamente. Não queria morrer, nem mesmo perder meus cabelos e tomar remédios terríveis. Só havia um jeito, engolir o choro, vaidade, cirurgia, quimio, radioterapia, efeitos colaterais e seguir adiante, mas como? Ninguém se prepara para ter câncer. Olhei para o lado e vi meu marido dando apoio, para baixo onde sepultaria minha tristeza, para traz, onde deixaria as coisas pequenas e especialmente para cima, onde minha mãe estava. A primeira fase foi de sofrimento , depois enfrentei o tratamento e por fim, procurei transformar toda dor e tristeza em alegria pela vida. Mostrar as pessoas que não precisam ter pena de quem tem câncer, podemos lutar e vencer. Hoje Cristiane Mary Kolbe Pietruk é uma mulher completa e feliz. Vitoriosa a 14 anos.
Marli Gonçalves
Olá, meu nome é Marli Gonçalves tenho 54 anos, aos 12 anos de idade, entrei para o mercado de trabalho, sempre em salão de
cabeleireiros, atuando na parte administrativa (trabalho bastante estressante); sempre tive guerra com meu peso, uma fase magra, outra já estava com sobrepeso, ora ia para academia, mas logo desistia, rrrsss…. No ano de 2006 comecei a sentir fortes dores no corpo, principalmente na região abdominal, foi quando após vários exames descobri que estava com câncer em um dos rins, e que estava completamen-te tomado pela doença, a notícia foi um choque para mim e minha família, a solução foi amputar o rim es-querdo, cirurgia bastante delicada pois a doença podia se espalhar (metástase), no pós cirúrgico na UTI, pensava que não voltaria mais para casa, mas graças a Deus, os médicos que me atenderam e a família que esteve sempre ao meu lado, dando força e carinho, eu me recuperei da cirurgia, porém em virtude da situação, fiquei deprimida e me estressando muito no trabalho, e sem nenhuma atividade física acabei ficando com sobrepeso, e assim surgiram as doenças como diabetes, pressão alta e tudo de ruim, tendo os médicos determinado que era preciso eu me cuidar pois pelo histórico de família, no qual consta que minha mãe teve câncer de mama e faleceu, e ainda, eu já tinha tido esta doença no rim, devido isso, eu poderia vir a desencadear em outros órgãos, diante disso e mais uma vez com o apoio da família me sub-meti a cirurgia Bariátrica um ano após a retirada do rim, mas, apesar de muitos terem criticado devido há um ano ter retirado um rim, já fazer outra cirurgia de grande porte, porém estes não sabiam que era ne-cessário, por questões de saúde , e feita a cirurgia bariátrica, aos poucos fui perdendo peso e em um ano cheguei ao meu peso normal, estava muito, muito feliz, mas meus médicos continuavam falando que eu precisava ter uma rotina diferente, para ser saudável, sendo orientada até para trocar de trabalho e em 2009 meu marido e filhos concordaram que eu parasse de trabalhar e achasse outra atividade. Como tinha uma filha na adolescência fiquei em casa para dar atenção a ela, neste período fiz outras cirurgias, rrss…retirei o útero, vesícula, fiz plástica. No ano de 2013 resolvi que ia voltar a trabalhar mas queria algo que me deixasse feliz, então um amigo me deu a idéia de ser Maquiadora, pois já tinha alguma noção, então fiz alguns cursos de aperfeiçoamento e comecei a maquiar as amigas, parentes…como nem tudo são flores, no ano de 2014 ao fazer exames de rotina, desta vez foi constatado câncer na mama, outro choque para mim e para família, novamente pensei, eu vou morrer, mas não podia fraquejar, pois não que-ria ver minha família desesperada, foi então que guardei a tristeza e encarei como se fosse a coisa mais normal, assim meus filhos ficariam mais tranquilos. E graças a Deus por estar bem no início, foi possível extirpar a doença toda sem precisar fazer mastectomia, também não foi preciso fazer quimioterapia, po-rem fui submetida a várias seções de radioterapia, onde meu marido me levava as 6:00hs da manhã no Hospital Erasto Gaertner, e ali eu passava algumas horas, onde além das seções de rádio…, via coisas muito tristes, que ninguém gostaria de ver, mas que infelizmente é a realidade de muitas pessoas, tinha manhã que só ouvia o comentário que a paciente de tal hora havia falecido, triste muito triste essa doença, e ali mesmo eu chorava e pedia a Deus pela minha cura e de todas aquelas pessoas ali presentes. Não chorava na frente da minha família, sempre chorava sozinha, e acho que eles também o faziam sem que eu visse rrss…, enfim terminei o tratamento e passados alguns meses fui fazer exame e sim não havia mais sinal da doença. Depois disso, minha irmã que é corredora insistiu para que eu começasse a fazer corridas de rua, então resolvi tentar e adorei, hoje treino uma hora por dia, e sempre que posso participo de corridas de rua de 5km ou 10km não pretendo fazer mais que isso, já me sinto vitoriosa, e cada vez que cruzo a linha de chegada me emociono, lágrimas rolam pelo meu rosto, pela felicidade de poder estar ali e com saúde. Agradeço todos os dias a Deus e a intercessora de todos, Nossa Senhora pelas bênçãos recebida, agradeço a minha família e a todos os competentes médicos que até hoje me acompanham, cui-dando da minha saúde. Agora sigo a vida com saúde e muito feliz, sou Maquiadora freelancer, muito procu-rada, para atendimento a domicílio e em salões. Assim a vida segue.